domingo, janeiro 18, 2009

CINEREVIEW #6 - O Caso Curioso de Benjamin Button

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É difícil começar uma crítica de um filme que ansiava há imenso tempo e que acaba por não cumprir toda a expectativa criada.
Mas, se pensarmos bem na premissa da história, é fácil perceber como acaba. Temo um caso curioso de um homem que nasce velho e vai envelhecendo tomando o corpo de um adolescente.
O que Fincher nos apresenta é precisamente o retrato de uma vida, a vida de Benjamin, e o seu crescimento dadas as suas circunstâncias. Criam-se situações bem humoradas, como o facto de ele fisicamente ser velho e mentalmente criança, e um capitão do barco onde trabalha lhe pergunta se o mastro ainda erguia, à qual Benjamin responde que nunca tinha tido uma mulher. Resultado: Toca a levar o velhote de pouco mais de 7 anos para um bordel. Há, sem dúvida, uma série de situações que valem mesmo a pena e estão mesmo muito bem escritas por Eric Roth.
O único problema é que se trata de um testemunho de uma vida, e as 2 horas e 55 minutos não chegam para uma verdadeira emoção, porque acontece tanta coisa (numa vida) que é difícil ficarmos emocionalmente presos a uma só. Quase que parece tratar-se de um registo/documentário disfarçado de (um bonito) filme. O clímax do filme atinge-se também a meio, tornando o último terço na fatalidade que já se espera num compasso de espera que não caminha para uma verdadeira surpresa.
No entanto, é um filme muito bom, e para David Fincher (Fight Club, Seven) um registo raro de normalidade, tendo aqui o seu filme mais humano e (no bom sentido) lamechas.
Faz-nos pensar no percurso da vida, daquilo que a morte nos ensina, do amor e na idade e do que podemos (ainda) fazer com ela.

Ainda assim:
nota 4/5

cena-chave: Benjamin e Miss Daisy escondem-se debaixo da mesa e ela diz que ele é uma pessoa estranha. É incrívelmente mágica. E claro, a do bordel.

1 comentário:

Anónimo disse...

bons advérbios de modo.