terça-feira, junho 01, 2010

LOST The End


so,.. LOST has finally ended.
atenção que o texto que se segue contém SPOILERS para quem não viu.

O final
Pá, admito. chorei baba e ranho. a merda dos flashbacks foi tão boa, com o raio da música terrívelmente bem orquestrada e sincronizada. foi muito forte.
LOST, dito pelos produtores da série, sempre foi about the characters.
ou seja, todos os mistérios surgiram um pouco à margem da ilha.
interpreto que "a ilha" representa a "vida".
os mistérios da vida nem sempre tem resposta. as coisas acontecem por uma razão. whatever happened happened. and it happened for a reason. what reason? destiny?..
perguntar "o que é a ilha?" e os mistérios é o mesmo que perguntar "como é que se gerou o universo?","o que fazemos aqui?". uma experiência vista por vários náufragos; o crente, o que não quer saber, o que procura sempre respostas, os que se deixam levar.. etc..
o interessante é que vamos encontrar na série "opostos" ou complementos que ajudam a manter em equilíbrio todas as personagens.
todas as experiências na ilha (assim como a vida), relatam um momento vivido, uma espécie de resumo. se pensarmos que a série começa com Jack abrir os olhos e a fechar no fim do último episódio, isto faz sentido na medida em que representa um ciclo de uma pessoa e de todos os que o acompanharam.
Jack terá sido aquele que teve o percurso mais redentor: chegou, procura respostas (um homem de ciencia), revolta-se, faz de tudo para poder sair da ilha, (numa perspectiva sempre mais egocêntrica), e uma vez cá fora e sozinho, percebeu que precisava de voltar, de se reunir com todos e redimir-se para poder morrer em paz, e aí a sua vida (ou a ilha) fazer sentido.
no man is an island.
a moral é que chegamos aqui por acaso e sem sabermos, há o instinto de sobrevivência, o trabalho em grupo, a amizade, o amor, a família, a ciência, a fé, o bom, o mau, o sacrifício; apaixonamo-nos, rimos, choramos, cantamos, comemos, despedimo-nos de alguém, descobrimos alguém, reavêmos alguém..
rejeitar a ilha é rejeitar a vida e tudo o que ela tem para nos oferecer.
destino ou não, todos temos um papel neste mundo, e se aconteceu assim, foi porque tinha de ser assim.
a ilha é o ponto de reunião em que eu estou no meio e os outros à minha volta. o ponto de reunião do cruzamento da vida dos Outros à minha volta. Cada "Outro" à minha volta também tem a sua ilha, vivendo as suas experiências onde nos vamos cruzando e caminhando até ao Fim.

Para mim, fez todo o sentido.

2 comentários:

Fábio disse...

Bora ver o episodio especial pós fim.
Lost, o fim de uma época...

Avelelas disse...

E o pormenor final menos antropocêntrica, um plano de génio sobre a morte.
Um humano, um cão, uma planta e a terra, tudo tem o seu fim