O prognóstico:
Por mim, ganha Benjamin Button melhor filme.
Gus Van Sant saía com o Óscar de melhor realizador.
Sean Penn como melhor actor e Meryl Streep como melhor actriz (apesar de adorar Kate Winslet e os papéis nos filmes premiados deste ano).
Heath Ledger e Penélope como grandes secundários
Wall-e tinha o melhor argumento original, efeitos sonoros e obviamente melhor animação, já que não nomeado para melhor actor e melhor filme.
Caracterização é para Benjamin Button sem pensar e melhor banda sonora original também. (Ou Wall-e)
Melhor canção: "Oh Saya" com a colaboração de M.I.A. como é óbvio.
Para acabar em grande só mesmo uma luta de lama entre Jennifer Aniston e Angelina Jolie.
E agora se me dão licença, vou ligar a execrável TVi e ouvir o relato.
O resultado:
Pois bem, o meu querer não foi de encontro à realidade. Mas ainda assim não ficou muiiiito longe.
Primeiro: grande cerimónia. Adorei. Foi show-espectáculo com o grande gentleman Hugh Jackman com todas as surpresas e actos que surgiram. Dinâmico e inovador.
Segundo: As apresentações dos nomeados por oscarizados com um pequeno resumo emotivo. Vim-me quando calhou a Nicole Kidman resumir Angelina Jolie. Só Deus sabe o que passou pela minha cabeça naquele momento.
A consagração de Penélope foi mais que merecida, a de Kate Winslet também (se bem que podia ter ganho por outro papel, quando Meryl está a verdadeira freira em Dúvida).
Sean Penn, como eu queria, levou o Óscar para casa com a sua excelente dedicação à personagem de Harvey Milk.
Quanto a Benjamin, foi um pequeno perdedor como previa. Mesmo assim, ganhou na caracterização, efeitos especiais e direcção de arte. Prémios bem merecidos.
A seguir, foi a descambar com as vitórias consecutivas e previsíveis de Quem quer ser bilionário; com dois que me deixaram furioso:
- Achievement in sound mixing? fuck it.. Que efeitos sonoros tinha? A merda do genérico do Quem quer ser milionário? E Wall-e? As vozes e sons que o filme tem criados de raíz por Ben Burtt, o guru dos barulhinhos míticos de Star Wars? Não?
- Melhor realizador? Bah.. Gus Van Sant? Com uma carreira quase imaculada, ainda sem um Óscar na prateleira e com este Milk? David Fincher? Com uma linha de filmes perfeitos, e com excelente realização no Curious Case e também de mãos abanar? Danny devia era ter ganho por Trainspotting. Não por Slumdog..
Banda sonora, como já referi antes, é vibrante e acompanha o ritmo frenético do filme. Na música original preferia que tivesse ganho "Oh..Saya".. Mas ganhou a outra que acompanha o genérico (terrível) final do filme, quando Slumdog pretende ser anti-Bollywood e nos espeta com o final Bollywood. Estragou tudo.
Anyway, nunca os Óscars foram de encontro ao meu gosto pessoal. Mas às vezes cometem-se injustiças e estas não pude deixar de passar.
Tive pena que Presto não ganhasse melhor curta de animação..
3 comentários:
indeed...
tenho a discordar com o que dizes sobre a Kate...este foi o melhor papel para justificar o merecedor prémio.. :)
seguindo o teu raciocinio, gus van sant ganharia por paranoid park e nunca por milk. quando a david fincher, agora entregam-se oscares pela carreira? muita vez é o que acontece, infelizmente. ter ganho slumdog foi ate muito corajoso da academia. um filme feel-good-movie que nunca seria oscarizável...
Gus Van Sant ganhava por Elephant por mim. E claro que o Óscar não devia ser entregue por carreiras, é verdade. Mas é o que acontece. Por isso torcia por David Fincher que nunca tinha tido reconhecimento até agora. E eu prefiro-o a Danny Boyle. Não consigo partilhar do entusiasmo por Slumdog porque não achei nada do outro mundo, e pessoalmente fui mais levado por um Curious Case do que por um Slumdog. Não queria chegar ao extremo de dizer que Slumdog é um filme de fachada, porque seria insultá-lo quando não é essa a minha intenção. Simplesmente passou-me ao lado, contrariamente a Benjamin Button, Revolutionary Road, Milk e até um Wall.e. E claro que para a Academia um Slumdog é novidade. É um abrir de olhos às palas dos Americanos. Aqui para nós, certamente não será novidade nenhuma uma amostra deste tipo. Não me sai da cabeça o retrato feito das favelas em Cidade de Deus, também num ritmo alucinante e real. Um retrato bem mais cru de uma realidade que Slumdog também quer transparecer de uma Índia. Mas já são opinioes demasiado pessoais e acredita que fico feliz por ter ganho o Óscar e ter aberto mentes à pequena cavidade cerebral da população americana. Se bem que já venham tarde.Pode ser que outros tenham oportunidades agora.
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