A coisa funciona assim: um dia por semana, ele chama os amigos, passam todos umas horas a brincar aos clássicos e no fim gravam um disco (isto soa-nos familiar). Já está a acontecer, no clube que Beck inventou para ocupar os tempos livres, o Record Club. Por palavras dele: o Record Club é "um encontro informal de várias pessoas para gravar um álbum num dia", a partir de um clássico que será "reinterpretado e usado como quadro de referência". Não há ensaios, não há arranjos gravados com antecedência.
No fim, quem lucra somos nós: todas as faixas do álbum vão ser disponibilizadas gratuitamente (mas não todas de uma vez: só há um brinde por semana) no site do artista (www.beck.com) e dos amigos que brincarem com ele. Não é oficial, mas o "Guardian" diz que tanto os MGMT como Devendra Banhart e Jamie Lidell já disseram que sim, estão nessa. Não é assim tão surpreendente, tendo em conta que já têm antecedentes: os MGMT, por exemplo, dividiram o palco com Beck no ano passado, em Chicago, para um concerto de "covers" que inclui versões para coleccionador de músicas dos Beatles e de Jimi Hendrix.
O primeiro clássico que Beck levou para o Record Club é mesmo um clássico: "The Velvet Underground & Nico" (1967), o álbum da banana (ele tinha em mente outro disco, "Sex Packets", dos Digital Underground, mas os amigos deram-lhe a volta). A versão que ele e os convidados - Nigel Godrich, Joey Waronker, Brian Lebarton, Bram Inscore, Yo, Giovanni Ribisi, Chris Holmes e ainda a islandesa Thorunn Magnusdottir - fizeram já está a ser descarregada. Primeiro brinde: "Sunday morning", com vídeo e tudo, a preto e branco. Para a semana há mais.
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