sexta-feira, novembro 09, 2007

medo






















Com todo o respeito ao pessoal da enfermeira, havia uma que me ia levar o jantar às 7 da tarde (com a sala vazia e escura) que parecia um zombie.. Ouvia os seus pés a rastejar, até chegar com a bandeja, sempre a olhar para o infinito.
Eu apressava-me a contar coisas que tinha de fazer para quebrar o silêncio, ao que ela me respondia em tom monocórdico:
Não se preocupe menino.. tem todo o tempo do mundo...

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