quinta-feira, agosto 19, 2010

GRAFFITI .GIF



visto aqui

quinta-feira, agosto 05, 2010

e o poster de Enter The Void, que já percorre este blog à volta de um ano.. e não há maneira do filme chegar às salas...

quarta-feira, agosto 04, 2010

O Puro Pandam



o blog das sapatilhas de neon

I'm still here

Depois de aparições em talk shows de barba comprida e óculos escuros, e de actuações ao vivo envolvendo lutas com a audiência, surge o incrível poster do documentário-mistério sobre a decisão de Joaquin Phoenix abandonar a carreira cinematográfica para enveredar numa onde de rappeiro em crise.
Fala-se em cenas cruas de um artista em queda, muita droga à mistura, filmado com o maior realismo de sempre.

INCEPTION, a minha visão sonhada


Sobre INCEPTION..
É um filme incrível desde a fotografia até à banda sonora (a qual aconselho seriamente a verem este vídeo sobre a inspiração e relação com Edith Piaf), com um guião e história que deixa alguns (ou todos) a meditar (sobre ou) no final.
Mas antes..
Vejo INCEPTION - A Origem como um filme de amor; não como ficção científica, apesar de todos os ingredientes que o conduzem a tal género.
O argumento sobre a implantação de uma ideia é o miolo do enredo, e a acção principal é o romance entre Mal (Marion Cotillar, és uma actriz em ascenção.. rendido desde Amor ou consequência..) e Cobb (Leo DiCaprio) do meu ponto de vista.
E deste ponto de vista, questiono o que faria Michel Gondry, que dotou a Eternal Sunshine of the Spotless Mind, um filme de ficção científica no mais intímo retrato à filme independente de uma história de amor.
E temos Matrix, um filme de ficção científica e super estilizado de um mundo alternativo.

INCEPTION, para mim, tem estes dois géneros, ou estes dois estilos. Ao mesmo tempo, não se defina por um. E balança num limbo entre um género de ficção científica estilizada à Matrix, e o intímo romance e surreal de Eternal Sunshine.
Quando penso no filme e nas cenas, penso sempre que se fossem feitas numa só perspectiva, daria um melhor resultado, ou uma obra mais coesa num todo.

Atenção, acho o filme excelente e recomendo. E faço questão de ver outra vez.
A única crítica que aponto é esta indefinição de géneros que acaba por "bifurcar" a conduta da acção/enredo.
A história de amor é tão surreal e interessante, que as cenas de acção ou o objectivo do primeiro trabalho de implantação é completamente secundário. E era mais dessa relação e viagens entre mundos que queria ver e saber. Alguma confusão que eu possa ter tido é completamente secundária a partir do momento que se descobre as verdadeiras razões de Cobb, ou tudo o que aconteceu entre os dois. E era mais disso que queria saber.
Porque é nisso que o filme se centraliza. E quando se entra nesse mundo, o filme acaba, ou é tudo muito rapidamente explicado, deixando em aberto algumas questões (que sou todo a favor, apesar disto não ser um David Lynch, pergunto-me... que faria ele???), mas num enredo que responde a tudo, é um ponto relativamente frágil.

Recomendo vivamente INCEPTION, e foi sem dúvida uma grande experiência cinematográfica, apesar de ter elementos inexplorados (o papel do arquitecto podia ir muito mais longe, do que dez minutos de propaganda sobre o seu potencial, dobrar a malha urbana e criar corredores com espelhos, para depois funcionar como um personagem quasi-secundário quando é ele que constrói todo o visual que se vê), e um enredo que indo por um lado científico tem buracos, e que de um lado emocional podia ter sido muito mais interessante se se desenvolvesse como isso sem outro género a sobrepôr-se.
o filme vive de uma extraordinária tensão até ao final, num jogo magnífico dos puzzles virtuais dos sonhos, e só por isso é um filme magnífico.
É só porque à saída achei podia ser uma obra-prima da nova década, e não consegui achar isso.